Rui Martins: Roberto Carlos e A Rebelião Romântica da Jovem Guarda (1966)
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A Rebelião Romântica da Jovem Guarda
Escrito por Rui Martins
Publicado pela Editora Fulgor em 1966
Texto interno da capa
Impressionado com a transformação de um cantor em ídolo de considerável parcela da juventude urbana brasileira, o autor, que é jornalista do Estado de São Paulo, quis saber as determinantes desse comportamento. Depois de uma série de entrevistas com sociólogos e psicólogos da Universidade de São Paulo, publicou, na imprensa paulista, o primeiro trabalho que procurava interpretar a reação juvenil e adulta diante do que se começava a chamar «fenômeno Roberto Carlos».
Na reportagem, que recebeu o título de «Juventude vive a rebelião romântica», o autor apresentou as diferentes opiniões colhidas, mantendo uma unidade geral. Omitiu, porém, sua própria interpretação para conservar-se fiel aos depoimentos.
Neste livro, Rui Martins amplia seu primeiro trabalho e, utilizando-se de todo material inicial, enriquecido com novas pesquisas e consultas, expõe, também, sua própria opinião, concluindo pela existência no País de uma rebelião juvenil que não conduz a caminho algum e que, por isso, conta com o apoio dos adultos conservadores.
Os fatores determinantes dessa rebelião romântica estariam Intimamente ligados com a atual situação social e política brasileira, que não favorece a participação efetiva da mocidade no desenvolvimento nacional.
Texto da contra-capa
"Mas, quando em torno se faz o vazio e nada convida para lutas... a mocidade tende a procurar, em seus sonhos, o meio de fugir à mediocridade e pasmaceira reinantes. Volta-se a si mesma, sem objetivo e com espírito conservador senão reacionário, para viver sua vida à parte. Nem os adultos se integram na vida das gerações jovens, nem estas se preocupam com a sua participação na dos adultos e velhos. Daí, a "rebelião romântica da jovem guarda", que tão admiravelmente analisa Rui Martins, em poucos capítulos, com a lucidez e segurança de suas observações de fatos, e de suas reflexões sobre ele".
Fernando de Azevedo
Barbieri comenta:
Comprei este livro num sebo perto da Praça da Sé em São Paulo lá pelo princípio de 1980. Este livro acabou vindo para Londres onde vivo e agora faz parte da minha biblioteca. Para colocá-lo aqui neste site, com um scanner copiei todas as páginas do livro, incluindo a capa e, depois usei um programa OCR (optical caracter recognizer) para checar todas as páginas e assim transformar os "scans" num documento em Microsoft Word. Como o texto do livro foi escrito nos anos 60, com Word fiz a correção do texto. O texto então, foi reeditado onde tomei a liberdade de acrescentar uma biografia do autor e, depois transferido um documento PDF que, poderá ser baixado gratuitamente clicando nos link aqui providos.
Quero deixar claro que não estou tendo nenhum benefício financeiro com a publicação online deste texto. Meu intuito é puramente educacional uma vez que este livro está esgotado. Se o autor ou a editora tiver alguma objeção quanto a publicação online deste material, peço-lhes que comuniquem-se comigo imediatamente para que, com pesar, retire este documento importante do nosso site.
Antonio Celso Barbieri
CLIQUE AQUI OU NA CAPA DO LIVRO PARA BAIXA-LO!
Troca de emails entre Barbieri e
o jornalista e escritor Rui Martins
Data dos emails: 11 de janeiro de 2013
Barbieri escreveu: Caro Rui Feliz 2013! Anos atras, quando digitalizei seu livro, documentos PDF ainda não eram muito conhecidos e usados. Portanto para fazer a coisa mais simples e prática, juntei seu livro novamente em apenas um documento, acrescentei uma pequena biografia que encontrei aqui na Internet, passei todo o texto outra vez pelo spell checker do Word 2011 que já tem a nova ortografia e salvei o documento em PDF. Agora ficou mais fácil para você (e todo mundo) acessar esta informação preciosa. Um abraço, |
Resposta de Rui Martins: Obrigado Barbieri, a primeira vez que lhe contatei, era só o seu link, na Internet, que levava ao livro e à entrevista. Grande abraço, |
Barbieri escreveu: Rui adoraria um dia poder conhece-lo pessoalmente…. Se você deu uma olhadinha no meu site certamente percebeu que, aparentemente para muita gente sou uma contradição… um roqueiro comunista. :-) Bom, acho que aos 60 anos os rótulos "roqueiro" e "comunista" já ficaram para trás à muito tempo… A Suiça está na minha lista de visitas mas quando será é que eu não sei :-) 1969! Você esteve aqui numa época muito interessante, logo no finalzinho dos Beatles, Flower Power, Woodstock, etc... Um grande abraço |
Resposta de Rui Martins: Obrigado Barbieri, a idéia de uma reedição em papel, quando a onda é e-book é tentadora, mas seria preciso tempo para os ajustes com a atualidade. E o problema é que não somos imortais, o Claude Nobs do Festival de Montreux que o diga. Quando escrevi era um jovem entusiasmado com a descoberta do jornalismo. Foi o Matias Arrudão, do Estadão (mas é pseudônimo) quem me sugeriu transformar a reportagem publicada no Estadão, em uma página, num livro. Pela Fulgor, que era a editora do Partidão. Escrevi em um mês, durante a madrugada, ao voltar do jornal. Escrevia na sala do restaurante da república onde vivia. Naquela época, máquina de escrever fazia um barulho danado e a cada frase longa, ficava com medo de acordar colegas ou os dirigentes da entidade que nos abrigava. Ainda por cima, a luz era de 60 wats e me cansava os olhos. Como eu tinha conhecido o sociólogo Fernando de Azevedo numa entrevista, levei os originais para ele e ele aceitou fazer o prefácio, longo por sinal e que mostrava ter lido atentamente o livro. Ele me fez jurar que escreveria outros livros, jurei mas não cumpri, a vida de jornalista não me deixava tempo livre. Só em 2005, depois de demitido da CBN, escrevi o Dinheiro Sujo da Corrupção sobre Maluf, causa de minha demissão. Tenho outro livro começado, sobre um pastor assassinado no Doi-Codi, mas meu benevolato político pelos emigrantes não me permite. Entrei nessa história de emigrantes para recuperar a nacionalidade nata dos filhos da emigração www.brasileirinhosapatridas.org e não consegui mais sair. www.estadodoemigrante.org Teríamos um grande papo, se nos encontrássemos, vejo tb que você é ainda jovem ! Não sou petista mas acho que o Lula mudou a feição do Brasil. A direita brasileira aprendeu com os paraguaios, que deram um golpe legal, e quer fazer o mesmo no Brasil, alegando corrupção, coisa da qual seus seguidores sempre se aproveitaram. Costumo escrever no www.diretodaredacao.com Grande abraço, Rui. |