Mammoth
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{nmap}html5pop|400|400|loja/audio/Mammoth|5|Projeto Metal, Rock e Cia (TSFP 26 07 1985 SP)|{/nmap}
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A Banda Mammouth apresentando-se ao vivo no Projeto Metal, Rock & Cia
no Teatro Sesc Fábrica Pompéia em São Paulo no ano de 1985.
Este projeto foi mais uma realização de Antonio Celso Barbieri
MAMMOTH
A banda Mammoth foi formada no final de 1984 e contava Cesar Achon na guitarra, Ney Castro na Bateria, Gil Magalhães no baixo e Billy Albuquerque nos vocais. Este grupo que durou apenas 1 ano destacou-se pela qualidade instrumental de seus músicos e carisma do seu vocalista, um grande batalhador.
O começo com a banda Extremos
O começo deste sonho encontra suas origens na banda Extremos, uma banda de Música Experimental, Hard Rock, Jazz Rock e Progressivo, formada nos anos 70 por Gil Magalhães (baixo), Ney Castro (bateria) e Nivaldo (guitarra). O guitarrista Cesar Achon, amigo pessoal dos músicos, apreciava os sons e improvisações que eles faziam e sempre que podia, se unia para umas Jams Sessions.
Os Laranjas e Performance’s
No Inicio dos anos 80, Cesar e Billy formaram Os Laranjas com a intenção de satirizar o Punk Rock. Depois de algum tempo o baterista Nelson Tiburcio deixou a banda, sendo substituído por Ricardo Moreno vindo do Performance’s (que também trouxe o nome consigo), entrou também Reinaldo Moreno no Baixo, e a banda passou chamar-se Performance’s. O Performance’s tinha um estilo completamente diferente do Os Laranjas.
Na sequência, Billy saiu para tentar alguma coisa sozinho e o Performance’s virou um trio que, com esta formação, durou mais alguns meses. Mais tarde, com Billy nos vocais, os músicos voltariam a reunir-se novamente como Extremos, fazendo shows, tocando musicas próprias e covers. A banda não tinha um estilo definido e tocava de tudo um pouco; Jazz Rock, Rock Progressivo, Hard Rock, etc.
Mammoth
Na busca por uma imagem mais definida, na sequência, optaram pelo Hard Rock e mudaram de nome para Mammoth. A escolha do nome foi feita em função de Mammoth ter sido o primeiro nome da banda Van Halen. O Van Halen tinha feito uma tour pelo Brasil nessa época e impressionado muito a moçada.
O Mammoth desde o princípio destacou-se pela virtuosidade dos seus músicos e pela facilidade que tinham para improvisações. O fato deles terem experiência em tocar rock nos mais variados estilos também ajudou muito na criação do som da banda. O pessoal, bem em sintonia com o que estava acontecendo naquele período imediatamente começou compor novo material e preparar seu set com vistas a tocar ao vivo.
Shows
O primeiro show foi abrindo para o Avenger no Teatro Lira Paulistana à convite do baixista Luiz Teixeira (hoje no Tarkus). Através do Luiz acabaram conhecendo Celso Barbieri, que aqui escreve esta matéria, e também o Beto Peninha da FM 97 (Sessão Rockambole) de Santo André.
Depois do show abrindo o Avenger a banda fez outro abrindo para a banda Salário Mínimo e logo depois, já conseguia com o Barbieri um show como banda principal tendo a banda Aerometal como banda de abertura.
Compacto - Frente
O Compacto
Leandro Alves, um amigo de Billy desde os tempos de colégio e que acompanhava desde o princípio a sua trajetória musical propôs-se a produzir a primeira gravação da banda. Um compacto simples contendo as músicas Apocalipse e Possesso gravado no estúdio Vice-Versa. A banda pagou o estúdio e Leandro, que imprimia camisetas de rock em Santo André, fez a prensagem de 1000 cópias em vinil.
Leandro Alves, tempos depois, viria ser o dono da Fucker Records, loja de discos e gravadora de Santo André que lançaria mais tarde muitas bandas, o Mammoth foi um experimento que deu origem à vários outros...
Este compacto teve uma repercussão muito boa, e abriu muitas portas para a banda.
Quando a banda acabou, os restantes 500 compactos foram comprados pelo Luiz Carlos Calanca da Baratos Afins que
Compacto - Verso
Neste curto período de 1 ano que a banda ficou ativa ela participou de praticamente todos os eventos importantes daquele período tento tocado nos Projetos SP Metal, Metal Rock & Cia. , Praça do Rock, Heavy Metal Thunder (organizado pelo Beto Peninha), etc. A banda também fez o tradicional circuito de bares da época como por exemplo o Raimbow Bar e a Danceteria Raio lazer.
Fim da banda
No fim de 1985, depois de um show com as bandas Karisma, Mammoth e a Chave do Sol, o guitarrista Cesar Achon aceitou o convite para juntar-se ao grupo Karisma e decretou o fim da banda.
A verdade é que Cesar Achon já não estava mais satisfeito com o som da banda e buscava outros caminhos. A banda Karisma estava com intenções de lançar um novo disco e este convite mostrou-se irresistível. Infelizmente para Cesar Achon esta idéia não avançou mas, segundo suas declarações, rendeu-lhe alguns shows memoráveis como por exemplo a participação do Karisma abrindo para as bandas Alta Tensão, Platina, e Made in Brazil no Cometa Rock Festival organizado pelo Barbieri no clube Radar Tan-Tan com suporte da TV Cultura e Secretaria Municipal de Cultura.
Coletânea São Power
Esta coletânea produzida aqui pelo Barbieri foi lançada pela Devil Discos depois do término da banda. Eu queria documentar algumas bandas daquele período e escolhi a gravação da música Headbanger tirada de um show do Mammoth realizada no Teatro do Sesc Fábrica Pompéia dentro do Projeto Metal Rock & Cia.
Neste disco histórico estão as bandas: Aerometal, Sabotagem, Mephisto, Excalibur, Anarca, Avenger, Improviso e Mammoth.
Lembranças do Billy Albuquerque
1) O pessoal da banda Viper, na época moleques de 14 e 15 anos, começando a banda, sempre estavam em nossos shows. Gostavam muito da gente, éramos amigos. Eu estava no camarim tomando um conhaque, eu tinha 24 anos. O André Mattos que só tinha 14 anos entra e me dá a maior dura:
"-Billy você esta louco? Para de beber essa merda! Você vai acabar com sua voz! Para com isso!
O André Mattos já cantava muito, estudava canto, e só cresceu de lá para cá. Num show, e ele me apresentou para o pessoal da banda Shaman, dizendo:
“-Esse aqui é o Billy, vocal da banda mais barulhenta e pesada dos anos 80. :-)
2) Eu sempre visitava a galeria do rock e, um dia almoçando com o Luiz Calanca dono da Baratos Afins, ele comentou sobre a possibilidade de lançar um EP, com seis músicas do Mammoth, ele viu que a banda tinha potencial para um registro mais completo, só que isto não aconteceu porque infelizmente a banda acabou.
A reunião
A banda reuniu-se em estúdio, em 1990, para ensaios e uma possível volta, mas isto acabou não acontecendo, existe apenas um material gravado com uma qualidade muito pobre.
Uma perda irreparável
Lamentavelmente, o grande baixista Gil Magalhães faleceu em 1997. A banda reuniu-se em 1998 para gravarem algumas músicas mas, infelizmente devido à uma série de problemas não puderam ser finalizadas. Destas sessões, restaram algumas gravações sem muita qualidade.
O Futuro
O destino é algo imprevisível e a idéia que fica é a de que a última página desta história ainda está por ser escrita. Ficarei atento e, assim que tiver alguma novidade, conto para vocês. Enquanto esperam, visitem a Rádio 2bStar para escutar com exclusividade o compacto contendo as músicas Apocalipse e Possesso lançado em 1985 e também, a gravação completa do show feito no Projeto Metal, Rock & Cia., realizado em SP no Teatro Sesc Pompéia em 26/07/85.
Barbieri comenta:
Assim como a banda A Chave do Sol, acredito que a banda Mammoth, não resistiu à dura vida "on the road" por não conseguir encontrar o seu som, o seu estilo. Mammoth, musicalmente sofreu influências as mais variadas. No entanto, devido seu surgimento no auge da proliferação do estilo Heavy Metal, por pressão de mercado, na tentativa de emplacar com alguma gravadora, foram mudando seu som e tentando se adaptar às circunstâncias locais (de SP) e, no fim, a demora, a falta de interesse das gravadoras e as dificuldades, praticamente, forçaram a dissolução da banda. O vocalista Billy Albuquerque, hoje, fotógrafo, foi e é um dos grandes batalhadores e responsáveis por manter viva a chama e história desta banda! A bem da verdade, acho que também carrego uma certa responsabilidade nisto! :-)
O texto original foi escrito por Billy Albuquerque
Revisado por Cesar Achon
Reeditado por A. C. Barbieri