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Paulo Valério com sua Gibson SG. Arte: Colagem Digital de A. C. Barbieri
PAULO VALÉRIO SILVA
PEVÊ III (2021)
Um álbum com 7 faixas perfeitas!
O caro Paulo Valério acaba de nos brindar com mais um excelente trabalho chamado simplesmente "PeVê III" (que eu acho que deveria, como sugere a capa deste álbum, se chamar "Ride the Tiguer" (Montar o tigre). Digo isto porque nos dias de hoje lançar um álbum cantado em português, the blues/rock claramente setentista é como tentar cavalgar em cima de um tigre! :-)
Juro, confesso para vocês, que poucos são os álbuns que me chegam e consigo ouvir mais de duas vezes (Isto quando não consigo ouvir mais de 30 segundos de cada faixa). Perdoem-me, não é arrogância não! É que caminhando rapidamente para os 70, para mim, independentemente da qualidade do material, o tempo está cada vez mais precioso para ser desperdiçado com material que não toca meu coração. Tendo dito isto, já ouvi este álbum, pelo menos, umas 20 vezes e desde a primeira audição ele levou-me saudosamente, diretamente para os anos 70, naquele tempo em não via a hora de chegar o fim de semana para assistir o show de uma banda nacional ou ir para um daqueles bailinhos de periferia, dançar até as 4 da manhã e voltar para casa com os amigos andando quilômetros e quilômetros à pé, cansados, mas dando risadas e felizes.
O trabalho do amigo PeVê é um trabalho sério, sem exageros e direto no ponto! Adoro vocalistas que simplesmente usam a voz que tem e não tentam ser o que não é. Ouvindo PeVê cantar nos faz sentir mais próximos do artista e suas letras conseguem tocar no coração daqueles que como eu viveram, de verdade, os anos 70. Mas, é na guitarra que PeVê realmente se destaca. Como, o texto do encarte (que forneço abaixo) deixa claro, suas influências guitarrísticas não poderiam ser melhores, caminhando de Deep Purple à Pink Floyd passando por muita gente boa. Dizem que o tempo, solidifica e amadurece o artista e PeVê parece que está no pique da sua forma! Mas não é só Pevê quem brilha neste álbum, pois sua banda com Adriano “Baga” Rotini no baixo Leandro “Pirata” na Bateria complementam com maestria este trabalho de primeira! Parabéns à todos os envolvidos nesta produção! Bom, inicialmente eu pretendia comentar as sete faixas deste álbum individualmente, mas achei que o texto do encarte sintetiza tudo que eu queria dizer!
PROS: TUDO! Qualidade de gravação, letras, banda, instrumental, capa, encarte.
CONTRAS: NADA! Quer dizer, fiquei querendo mais! :-)
Como sempre não resisti a tentação de criar a minha própria arte para ilustrar esta postagem, uma colagem digital usando uma grafitagem maravilhosa de um tigre que encontrei aqui na Internet.
A Capa do álbum PeVê III
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PARA OUVIR ESTE ÁLBUM!
Chequem abaixo o álbum PeVê III contendo faixa-a-faixa, conforme descrito no encarte deste álbum:
1. Banda de Rock
A canção que abre o álbum é um manifesto de esperança rockeira: uma declaração de amor ao gênero musical que tanto amamos, e que tem a capacidade de sublimar as vicissitudes da vida, de unir as pessoas. Sem poder tocar ao vivo, em virtude da pandemia que maltrata o planeta, seguimos produzindo, ensaiando e gravando na esperança de melhores dias. Sempre achei que o riff de “Banda de Rock” tem um quê de Deep Purple, misturado ao glorioso Tutti Frutti, com umas pitadas de Casa das Máquinas. Dedico essa canção às bandas citadas.
2. Nuvem Negra
Canção gravada para meu primeiro álbum (Pevê I - 2018), que acabou ficando de fora. Tema corriqueiro, com pitadas de sarcasmo, sobre relacionamentos fracassados. Gravamos eu (guitarra) e Pirata (bateria) ao vivo, no estudio Green Box (“contêiner mágico”). Posteriormente coloquei baixo, vozes e overdubs. Dedico essa música aos irmãos Vecchione, Oswaldo e Celso, do glorioso Made in Brazil. Rock and Roll!
3. Estrada sem fim
Esse blues rock, com forte raiz setentista, evidencia e segue a cartilha do meu formato favorito de banda: o trio de rock! Aqui presto homenagem a três heróis da guitarra, referências máximas para mim: Jimi Hendrix, Johnny Winter e Norberto “Pappo” Napolitano, o mago da guitarra argentina. Os overdubs de guitarra no solo trouxeram um ar psicodélico que muito me agrada. A mesma canção consta em meu primeiro álbum, em versão acústica. Entretanto, esta é a definitiva. As linhas de contrabaixo do Baga, somadas à bateria do Pirata são um espetáculo à parte!
4. Floydiando (instrumental)
De título autoexplicativo, Floydiando reforça minha prática de sempre incluir uma ou duas canções instrumentais em meus álbuns. Toquei todos os instrumentos nessa música: violões, bandolins, guitarras e contrabaixo. Dedico ao mestre da “guitarra cantante”, David Gilmour.
5. Por que?
Por que nos sabotamos? Eu posso “salvar o mundo”? É certo que não... Essa canção traz esses questionamentos, numa abordagem freudiana, apontando para a aceitação de nossas imperfeições, na busca de uma vida mais leve, plena. Sobre uma “cama” de órgão Hammond e recheada de guitarras “Leslie”, finaliza com um solo melodioso e expressivo, quase dramático, que me orgulho muito de ter criado. Dedico ao mestre Raul Seixas, minha primeira paixão no rock, meu primeiro disco de rock, influência máxima que me mostrou os caminhos da composição questionadora e filosófica. Ele está presente nessa canção. Obrigado, mestre.
6. Medo
Quem não sente medo? Essa faixa autobiográfica faz emergir esse sentimento tão humano, que persegue e castiga. Canção poderosa, com órgão a lá mutantes, guitarras na cara, baixo roncando, um crescendo com final catártico, como fosse a sublimação desse tema tão presente no mundo moderno. Todo cuidado é pouco. É dedicada ao mestre Arnaldo Baptista, gênio da música brasileira, cérebro e coração dos Mutantes, com todo o meu amor e reverência.
7. Sonhar
Parceria pra lá de exitosa entre mim e meu amigo, Adriano “Baga”. Ele trouxe o riff de baixo e a harmonia. Eu decorei com teclas e guitarras, escrevi uma letra que descreve uma “viagem” interna, destacando a capacidade que temos de voar sem sair do chão (que privilégio!). Psicodélica do início ao fim, alterna momentos altos e baixos, e até uma passagem puramente progressiva. Fui duplamente inspirado pelo mestre Ken Hensley, na execução do órgão e nos slides. Canção mais que especial, perfeita para finalizar esse álbum, fruto de horas de ensaios, centenas de quilômetros rodados, papos, amizade e muito som!
FICHA TÉCNICA:
Músicos participantes: Paulo “Pevê” Valério: Voz, guitarras de 6 e 12 cordas, violões, craviola de 6 cordas, bandolim, teclados, sintetizadores, percussão. Contrabaixo em “Floydiando” e “Nuvem Negra”. Adriano “Baga” Rotini: Contrabaixo Leandro “Pirata”: Bateria
Produção: Paulo “Pevê” Valério. Todas as composições são de autoria de Pevê, exceto “Sonhar” (Baga / Pevê).Arranjos de base nas canções Banda de Rock, Estrada sem fim, Por que?, Medo e Sonhar: Pevê / Baga / Pirata.Arranjos de base nas canções Nuvem Negra e Floydiando: Pevê.
Gravado nos estúdios: Green Box - Marcelo Stock (2020/2021) e Jardim Elétrico - Luiz Maia ( Janeiro de 2021).
Mixagem e Masterização: Pevê e Nycollas Medeiros (Studio de Poche, Paris / França) entre janeiro e agosto de 2021.
Projeto gráfico: Luiz “Pinky” Maia e Pevê. Foto da capa: Cláudia Laurent. Fotos: Cláudia Laurent e Mila Kichalowski. Textos do encarte: Paulo “Pevê” Valério. Texto de apresentação: Joel Macedo.
"O rock não escolhe endereço para pousar.
Grandes guitarristas não precisam estar em Londres, Nova York ou na Pompéia
para destilar seu talento.
Em seu terceiro álbum intitulado “Três”, o guitarrista, compositor e produtor, Paulo
Valério, o “PEVÊ”, faz uma ode ao rock imortal dos anos 60 e 70, nos brindando com
uma sonoridade original e pulsação contagiante."
Joel Macedo, setembro de 2021.
(Jornalista e escritor underground)
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