Veludo: "A Re-Volta", um álbum muito bom que resgata o melhor do Rock Progressivo Brasileiro.
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"A Re-Volta", um álbum muito bom
que resgata o melhor do Rock Progressivo Brasileiro.
Escrito por Antonio Celso Barbieri
No Brasil, para quem viveu os rock dos anos 70, quando falamos de Rock Progressivo 3 bandas sempre aparecem no topo desta lista; Mutantes com destaque para o álbum "Tudo Foi Feito Pelo Sol" (1974), O Terço com destaque para os álbuns "Criaturas da Noite" (1975) e "Casa Encantada" (1976) e a banda Som Nosso de Cada Dia com o fabuloso álbum "Snegs" (1974). Entretanto, à meu ver, duas bandas excelentes são sempre esquecidas; Apokalypsis e Veludo. É certo que existem muitas outras bandas excelentes que não estou citando aqui mas, estas 5 bandas certamente deveriam ser sempre lembradas.
Veludo na sua longa jornada encontrou algumas tempestades mas, dois dos seus membros, Elias Mizrahi e Nelson Larangeiras, cada um à seu modo continuam mantendo a chama da banda acesa. Como no mistério da Santíssima Trindade aqui temos o mistério da Santíssima Dualidade. Existem dois Veludos, os dois são um mas, os dois também são dois Veludos separados. Complicado? Sim! Mas, quem ganha é o público que é brindado com música de qualidade em dobro! Discórdias e desavenças à parte, esta oferenda do Veludo do Elias Mizrahi é fenomenal! Indiscutível competência e sensibilidade esbanjam aos montes!
Neste álbum chamado provocativamente A Re-Volta (será que é um recado do Elias para o outro Veludo?), Elias Mizrahi (teclados, violão e vocal principal), Gustavo Schroeter (bateria, percussão e voz), Lincon Bittencourt (baixo e voz) com participação especial de Marcelo Suscekind tocando guitarra na Terceira e sétima faixa, nos brindam com 10 músicas que, talvez por serem cantadas na nossa língua, muitas vezes, ao ouvido incauto, possam beirar a MPB mas que, nunca perdem o pique técnico esperado de um trabalho altamente influenciado pela música progressiva.
Espero que gostem deste álbum do Veludo que, é um Veludo que é dois Veludos que é um Veludo que é... deixa para lá! O que importa é o som! :-)
Antonio Celso Barbieri