Hablo el Diablo
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Apesar do nome hispânico lhes asseguro que esta banda não tem nada de espanhol! Alias, este competente power trio é de origem multinacional sendo Diego o vocalista e guitarrista australiano, o baixista Paulo português e Marcelo Carvalho, o baterista, brasileiro.
A publicidade do primeiro show
O começo
A banda fez seu primeiro show no dia 03 de março de 2005. Neste batismo de fogo tocaram num pub londrino numa típica noite chuvosa. Nesta noite, H.E.D. tocou com mais duas bandas e mostrou num set coeso que tem o poder para tocar no futuro em lugares melhores. Se em termos de performance de palco, naturalmente, a banda ainda estava um pouco crua, em termos de sonoridade, o poder de fogo foi inegável. Na minha opinião, honestamente, achei que o H.E.D. foi a melhor banda da noite.
A primeira formação do H.E.D. em 2005 com Diego, Marcelo e Rossco
Neste show a banda ainda contava com Rossco Diamond no baixo. Rossco tocava em várias bandas ao mesmo tempo e logo largou o H.E.D. preferindo dedicar-se à outros projetos. Foi aí que o Paulo entrou revigorando e atualizando o som do grupo. Paulo é um baixista de primeira grandeza e usa seu baixo de forma muito especial quase como um sintetizador.
Infelizmente, o guitarrista por problemas pessoais decidiu retornar aos ares mais saudáveis das praias australianas até que tudo pudesse ser resolvido.
No período de mais de um ano que a banda ficou sem guitarrista e sem um futuro definido, Marcelo e Paulo continuaram ensaiando e desenvolvendo um trabalho mais pesado e experimental. Paulo claramente influenciado por bandas tipo Tool e Marcelo grande fã da banda Rush começaram desenvolver um projeto baseado num duo onde o baixo usando pedais especiais fazia o papel natural do baixo mais o de uma guitarra altamente distorcida e sintetizada. As gravações que me chegaram às mãos mostravam muito futuro e grandes idéias.
Diego o guitarrista por sua vez, já sem as nuvens pretas ameaçadoras fora do caminho, retornou à Londres para encontrar os outros membros da banda mais afiados do que nunca. Já fazem alguns meses que a banda ensaia e, como já disse muitas vezes para o Marcelo, gostaria de ver um álbum lançado ainda este ano!
O H.E.D. em 2008 com Diego, Marcelo e Paulo
O vídeo
O vídeo foi gravado durante os ensaios da banda que, aproveitavam também para gravar tudo digitalmente. A mesma música foi filmada umas 8 vezes. Eu escutei a música e principalmente durante o solo senti o lado psicodélico anos 70 da mesma. Como o local de ensaio era pequeno e os músicos estavam mais preocupados em tocar do que se mover, achei que quem tinha que se mover era a câmera. Fiquei no centro da sala, no meio do triângulo formado pelos 3 músicos. Durante a execução da música, movi no tempo da música rapidamente de um músico para o outro. A idéia era distorcer o ambiente com movimentos rápidos de câmera e assim criar um clima alucinógeno. Na hora do solo deixei a câmera livre como numa viagem de drogas.
Barbieri em acão filmando a banda Hablo el Diablo
Mais tarde o Marcelo Carvalho editou as cenas ajudando criar o clima de velocidade com mudanças rápidas de cena.
Efeitos especiais
O vídeo então foi transferido para o computador Mac do Barbieri para receber o tratamento final. Usando o programa Quicktime Pro o vídeo foi exportado em quadros individuais. Cada quadro virou uma foto. Cabe lembrar que cada segundo de vídeo na Inglaterra possui 25 quadros. No total, Barbieri ficou com uma pasta contendo quase 8.000 fotos. Barbieri abriu a primeira foto no Photoshop e processou-a de várias formas até achar um efeito que lhe agradasse. Depois de achar um efeito satisfatório Barbieri instruiu o software para processar automaticamente todas as quase 8.000 fotos daquela pasta.
Paralelamente Barbieri criou algumas animações como por exemplo a de um corvo voando e, usando a mesma técnica anterior fundiu as animações em algumas seqüências de fotos.
Depois que as animações tinham sido incluídas, Barbieri usando Quicktime Pro novamente reagrupou todas as fotos em vídeo.
O vídeo então recebeu mudanças de contraste, luz e cor para chegar no efeito final que o leitor poderá ver abaixo: