Roberto Muggiati: Rock - o Grito e o Mito
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Roberto Muggiati numa visão pop art do Barbieri.
Roberto Muggiati: Rock - O Grito e o Mito
Sempre fui interessado em saber sobre as origens do Rock e, naturalmente, gosto e respeito muito o Blues. Lá pelo finalzinho dos anos 60, ávido, buscava por qualquer informação que explicasse porque o Rock era a linguagem do meu tempo, um divisor de águas, que distanciava-me do universo musical vivido pelos meus pais. No Rock estava a rebeldia que, para mim, indicava os caminhos da modernidade. O Rock carregava a semente da mudança que sem saber me conduziria à Londres onde resido desde o começo de 1987. Portanto, em 1973 eu já sabia que o Blues dos negros norte americanos fundiria-se com a música Country and Western, que era a música sertaneja e dos cowboys deste país, para criar um novo ritmo vibrante e infeccioso chamado Rock'n'Roll. O Rock'n'Roll espalharia-se, cruzaria fronteiras e contaminaria a juventude do mundo todo. Obviamente, também fui, para sempre, contaminado!
Barbieri e o livro Rock - O Grito e o Mito (com a capa da segunda edição)
Repare a camiseta, ele é realmente um velho dinossauro! :-)
Muito embora já tivesse juntado bastante informação à respeito do Blues, foi só em 1973 que consegui um livro que tratava este estilo musical com a seriedade e abrangência necessária para saciar minha curiosidade. O livro Rock - O Grito e o Mito escrito por Roberto Muggiati, virou minha fonte de referência obrigatória, meu livro de cabeceira. Tanto é que ainda o tenho. Recentemente andei dedicado-me cada vez mais à guitarra, estundado e ouvido mais Blues e, coincidentemente, a BBC bobardeou-me com uma série de programas seminais sobre Blues. Então, esta manhã acordei e fui novamente dar uma olhada neste livro que estava esquecido na estante. Mais tarde, uma rápida pesquisa pela Internet ajudou-me à colher todo este material aqui republicado. Espero que gostem!
Antonio Celso Barbieri
Dois Grandes Livros Sobre Rock - Um Mesmo Autor
Escrito por Márcio de Aquino para o Blog Taratitaragua
Roberto Muggiati é um dos melhores e mais entendidos críticos e pesquisadores musicais do país. Posso afirmar isso por conhecer uma das obras mais completas sobre a história do rock já publicadas por um autor brasileiro: Rock - O Grito e o Mito. Já há bastante tempo eu ouvia falar nesse livro, uma referência em termos de texto teórico sobre o rock e tudo que ele significa. Publicado originalmente em 1973,somente na década de 80 pude adquirir um volume, quando foi lançado pela editora Vozes seu quarto volume. O livro fala do fenômeno rock e seus desdobramentos não só no plano musical, mas comportamental, social, estético, etc.
Muggiati vivenciou in loco todo aquele clima que envolveu o desenvolvimento do rock e seu crescimento como fenômeno de massa. Basta dizer que ele trabalhou na BBC de Londres, de 1962 a 1965, ou seja, acompanhou a ascenção dos Beatles e dos Stones, além de testemunhar de perto a chamada "invasão britânica", que incluía além das citadas bandas, grupos como The Who, Animals, The Kinks, etc.
Nos anos 80, Muggiati lançaria pela editora L&PM, de Porto Alegre o livro Rock, do Sonho ao Pesadelo. Nesse livro ele não faz uma análise do rock, através de um texto que resume um estudo teórico do fenômeno, e sim, traz biografias muito bem escritas de nomes marcantes e fundamentais na histórias do rock, como Elvis, Jim Morrison, Janis, Dylan, Clapton, Lennon, Bowie, Paul McCartney e outros. Na verdade o livro é uma coletânea de uma série que ele publicou naquele período na extinta revista Manchete, da qual era editor. Além desses dois livros, ele publicou um outro chamado O Que É Jazz, pela editora Brasiliense, também nos anos 80. Existe também uma série de 4 revistas escritas por ele, em que a história do rock é contada em detalhes.
Sem dúvida, Roberto Muggiati é um dos mais respeitados estudiosos de música no Brasil. Além de tudo também é saxofonista.
Rock o Grito e o Mito, ROBERTO MUGGIATI
Postado no Blog de Lilian Ludovico
Introdução
No livro Rock o grito e o mito o autor descreve o rock como fenômeno cultural, surgido após a segunda guerra mundial.
Parte da idéia de que o rock originou-se do grito dos escravos recém chegados a América.
MUGGIATI descreve cronologicamente a trajetória desse estilo musical , desde o inicio dos anos 50 ate meados dos anos 80 do século XX.
O Grito
Rock é um estilo musical que surgiu em meados dos anos 60, mais precisamente nos Estados Unidos e Inglaterra. pág.7
Muitos ainda o chamam de rock and roll, o estilo que ouvimos hoje não seria o mesmo se não fossem alguns cantores e compositores da década de 50. pág. 7
O rock é uma mistura musical de manifestações culturais e rítmicas, e por isso não podemos dizer precisamente que uma canção determinada é ou não verdadeiramente rock. Pág. 8
Segundo o autor o rock nasceu de um “grito” do escravo negro ao pisar no chão da América. Pág. 8
Da junção do grito com as melodias européias surgiu o blues. Pág. 9
Surgiram blues diferenciados o da zona rural e o da zona urbana, um estilo mais rústico e o outro mais sofisticado. pág. 10
Uns dos destaques em que encontramos o blues naquela época são nas musicas de Dylan, Rolling Stones e Beatles. Pág. 10
Podemos perceber algumas características em comum com o blues negro e o rock branco, ambos usam a escala diatônica e harmonia. Pág. 11
O blues foi um dos poucos estilos musicais que não sofreu grandes mudanças depois do período de guerras. pág. 11
O grito era a manifestação dos negros na hora do trabalho, o que no começo servia para demonstrar suas dores e pesares, agora passa a ser um instrumento de luta e de revolução.pág 12
Um novo estilo de musica abalou a canção americana na voz de Elvis a junção do velho blues rural com o country e o western musica dos cowboys. Pág. 13
Capítulo I
Canção/Revolução
O rock teve um importante papel na década da 60, dar voz a milhares de pessoas que passaram praticamente uma década em silêncio. Pág. 14
O rock influenciou uma grande geração a fazer revolução. Pág. 15
Alguns o viam como perversão (uso de drogas, bebidas doenças, etc.) pág. 15
Tinha o uso de expressões próprias sem querer agradar ou desagradar ninguém. pág. 16
Foi uma forma encontrada de demonstrar a autonomia que sofriam com a desilusão das imagens e ideais perfeitos projetados até então. Pág. 16
O rock passa a ser uma expressão social. Pág. 16
Bob Dylan é o mais novo nome da musica americana. Pág. 17
Das novas variações de alguns cantores surgi uma nova modalidade de rock, “acid rock” e junto com ele novos seguidores, os hippies. A musica tinha por fins expandir a mente das pessoas, que estavam as margens das grandes sociedades de consumo. Pág. 21
Jovens brancos entram na causa a favor dos direitos civis negro.pág. 23
Canções dos Beatles e dos Stones são chamadas de revolucionarias. Pág. 25
O ano de 1969, foi o ano dos grandes festivais, woodstock festival de musica ao ar livre se torna o acontecimento do século.pág. 26
O governo extermina o parque do povo, que foi construído por estudantes e voluntários na universidade de Berkeley. Pág. 28
Ao contrario do que muitos pensavam o rock por si só não era a revolução. Pág. 26.
1969 ano de grandes dilemas para a revolução política/cultural. Pág. 29
Capítulo II
No processo de evolução da sociedade americana podemos perceber no sentido figurativo as mascaras negras que os brancos assumiram no decorrer dessa evolução. Pág. 30.
A juventude da época se revoltou contra os modelos certinhos que eram impostos na época, assumindo a cultura negra como bandeira.Pág. 30.
O jazz era praticado nos na América desde o séc. XIX, mas só se tornou conhecido através de uma orquestra de brancos.Pág. 32.
As canção do negro fazia sucesso somente na sua própria comunidade, mas logo eram lançadas versões brancas, e acabavam sendo conhecidas por toda a Europa. Pág 32.
O negro dava origem a suas musicas e os brancos a copiavam, foi o que aconteceu com o jazz e agora com o novo estilo musical o Swing.Pág.32.
O copismo chegou a tal ponto, de criarem espetáculos de menestréis onde o branco se pintava de negro para encenar peças teatrais.Pág.33.
A historia do rock’roll será, se certa forma a crônica da guerra entre as grandes gravadoras e as pequenas gravadoras . MUGGIATI, pág. 35.
O rock’roll chega a televisão e passa a ser um fenômeno que toma conta de toda a América. Pág 36.
Covers, gravações feitas por brancos fazendo copias exatas das músicas dos negros. Pág.36.
Rock’roll é uma síntese da musica branca e musica negra, mas nem por isso deixa de ser encarado como musica de negro.pág 37.
Elvis foi idolatrado pelos jovens, por ter em suas musicas linguagens irreverentes, que satirizava a imagem estereotipada da época. Pág 37.
Uma das criticas feitas ao rock era o excesso de sensualidade e agressividade, .pág 37, 38.
Era associado a delinqüência, drogas, promiscuidade, sexo.pág.38
Contrariando os críticos algumas pesquisas mostram que o rock era capaz de canalizar as energias dos jovens na musica.pág.39
A sociedade se sentia ameaçada, por essa revolução musical. Pág.39
O rock’roll falava de problemas da realidade, e o negro trabalhou sobre esses diversos temas como ninguém. Pág.39
Em meados de 1958, o rock começa a se esvaziar, se diluiu nos diversos ritmos que o sucedeu.pág 41.
O rock chega a Inglaterra depois de 1960, surgi pequenos grupos tocando jazz e blues.pág.42.
Os Beatles tomam como referencia a síntese a musica branca/musica negra.pág.43.
Os cantores de blues acreditavam que a musica podem ajudar a superar obstáculos e dificuldades. Pág.44.
Ao contrario da época dos menestréis, os músicos agora tem desejo de tocar o jazz pelo simples fato de serem consideradas emocional e intelectualmente satisfatória.pág.44.
Isso eleva a comunidade negra a uma outra posição de prestigio intelectual.pág.45.
A partir de 1965 o publico do rock começa se ampliar.pág.47
A música negra e a branca agem uma sobre a outra, o que até então não acontecia. Pág 47.
Segundo LeRoi Jones a as dificuldades e barreiras enfrentadas pelos negros até mesmo o fato de que o negro jamais poderia se tornar-se branco, proporcionou a lógica e a beleza de sua musica.Pág.48.
Capítulo III
“O rock é o resultado da aplicação da tecnologia do séc. XX sobre formas musicais originalmente simples de raízes folclóricas”pág.49
Depois da sociedade agrícola, industrial agora surge a tecnetronica. pág.50
O que chama atenção no rock é a persistência do modelo folclórico original. Pág.50
O que faz a riqueza do rock é a infinidade de nuanças e insinuações. Pág.50
Novos media eletrônicos vieram reforços as culturas regionais. Pág.51
A facilidade ao acesso das musicas trazidas pela ampliação do mercado, é um dos pontos positivos para que as formas “musicais” permaneçam originais. Pág.52
Algumas técnicas que atuam sobre certas artes não podem ser consideradas linear mais simultânea. Pág. 52
O surgimento do radio em transmissões públicas, foi um fator importantíssimo para o desenvolvimento da indústria musical. Pág. 53
Surgimentos de novas tecnologias para facilitar o meio musical. Pág.53
O radio possibilitou o acesso a um vasto repertorio musical. Pág. 54
“A musica reproduzida, modificou as condições de consumo”. Pág.
“A musica deve ser consumida rapidamente e envelhecer logo, para que se crie um novo produto”. Pag56
“O problema de ordem pratica levantado por cada instrumento acaba determinando as próprias formas musicais”.pág.58
Os recursos elétricos contribuíram muito. Como no caso dos músicos que berravam ao cantar.pág.59
A tecnologia permitiu uma manipulação sonora. Pág.59
Rock passou a utilizar todos os recursos acessíveis. Pág.59
“A musica começa no momento em que o homem descobre a si mesmo como um instrumento de musica”.pag60
O rock teve diversas maneiras de ser comercializado. Pág. 60-61
Como o jazz era uma definição de musica ao vivo, os LPS nada faziam do que uma mera reprodução. Pág.61
O rock se desenvolveu justamente por que soube utilizar as potencialidades oferecidas. Pág. 62
Gravadoras proibiam que rádios tocassem seus sucessos, temendo que as pessoas não comprassem seus discos. Pág.63
A partir de 1950, acreditam que o radio seria uma forte fonte de promoção. Pág.63
A televisão só se deu conta da importância do rock em 1956, começaram a transmitir sucessos com Elvis Presley. Pág. 63
A televisão trouxe conforto para as pessoas que queriam ouvir o rock, sentados em suas poltronas, sem inconvenientes que a presença em certos lugares traria. Pág. 64
A principal contribuição da eletrônica para a musica foi revolucionar a própria dinâmica sonora. Pág. 66
O rock penetra a alma, não fica em segundo plano. Pág. 67-68
Um dos únicos estilos musicais que se adapta a percepção da cada pessoa. Pág.68
Capítulo IV
Muitos músicos viviam na contra mão do que cantavam aproveitavam das regalias que a sociedade de consumo oferecia, e ao mesmo tempo cantavam asa revoltas contra o mundo consumidor. Pág. 70
Por esse motivo as musicas dos beatles se tornou melhores, porem emocionalmente vazias. Pág. 70
Nos EUA a revolta era contra a classe media e o desprezo pelo dinheiro, já na Inglaterra, esbanjava dinheiro. Pág.71
A musica enriqueceu muitos cantores, para o espanto da época, que valorizava o bom e velho trabalho diário. Pág.71-72
Alguns cantores viviam em um mundo surreal de fortuna e estrelato, muitos deles acabavam até entrando no mundo das drogas. Pág.72
“99% do rock é feito por homens”. Pág. 73
Apesar de encararem o rock como uma ferramenta para a revolução, muitos jovens cantores se acovardavam e acabavam por repetir as atitudes e idéias que seus pais pregavam. Pag73
Varias manifestações alegando o machismo no rock. Pág. 74
1969 ascensão da mulher na musica pop. Pág. 74
A partir da década de 70, podemos observar a presença da voz e instrumentação feminina no novo rock. Pág. 74-75
As contradições na comercialização da contra cultura, fez com que muitos magnatas acabassem perdendo em muito seu poder. Pág.75
Pequenos músicos se tornam grandes homens de negócios. Pág. 75
Preços altíssimos começaram a ser cobrados por apresentação. Pág. 76
Os ouvintes da musica começam a enxergar a exploração feita pelos músicos. Pág. 77
O mercado musical deu um salto , após o nascimento do rock ‘n’ roll. Pág. 78
Foi a partir desse fato de exploração que surgiu a pirataria, onde os discos custavam quase a metade de um original. Pág. 79
“ Se o sistema não tem nenhuma ética , não merece ser tratado eticamente”. Pág.80
A pirataria desequilibrou as grandes gravadoras. Pág. 80
1971, elaboram leis que controla o comercio clandestino, o que antes não existia. Pág.81
O dinheiro arrecadado pela musica acaba não somente indo para a industria do entretenimento, mas até para financiamentos bélicos. Pág. 81
A canção de consumo, serve de fundo musical para se dormir, correr, cozinhar, trabalhar, etc. pág.85
Para Eco a canção de consumo serve como um instrumento de coerção. Pág.85
A musica como divertimento utilizado por todos é uma maneira de auto-liquidação consciente. Pág.85
O rock foi a maneira de comunicação que mais chocou por, levar informações, criticas e descontentamento através da musica, nas letras descontraídas e sensuais. Pág.86Capitulo V
“A musica que não desperta emoção seria apenas um som sem sentido” pág.88
A musica age de diversas formas em nosso corpo. Pág.88
Uma das principais discussões em torno do rock é o seu barulho. Pág.89
Entre o som e o barulho o rock então optou pelo som. Pág. 90
Nos anos 50 os jovens usavam musicas ruidosas como forma de protesto contra os adultos. Pág.90
Grito africano+tradição européia = blues. Pág.90
O negro projetou em sua musica o seu corpo, alem de seu amor também seu ódio e seu desespero. Pág. 91
Com o passar o rock se tornou comportado “etiquetado”, sem passos e danças. Pág. 91
O rock é comparado com o sexo, é um estado de êxtase. Pág. 92
O próprio visual dos cantores de rock é uma amostra da ambigüidade entre os sexos. pág.99
Diversos instrumentos musicais tiveram a origem de suas formas projetadas nos órgãos sexuais. Pág. 94
Nos tempos primitivos a musica era usada para celebrar rituais de sexo. Pág. 95
O rock promove sinestesia no individuo, fator que é muito comparado com o uso de drogas. Pág. 95-96
Acid rock , era um som estrondoso e tinha um publico de usuários de drogas, que mal ouviam sua letra, mas viviam embalados pelo rimo. Pág. 98
O rock produz um encontro individual entre o individuo e a musica. Pág. 99
Alguns rituais interessantes presentes no rock é o de que no final de alguma execução, acabavam encenando algo, tipo quebrando instrumento, jogando pelos ares. Pág. 100-101
Seria uma forma de demonstração satirizada de sua fúria para com a sociedade? Ou uma forma exacerbada de consumo? Pág. 101
No começo era mais suave, mais no decorrer se tornou violento. Pág. 101
O essencial do rock é sua manifestação musical. Pág.101
A grande aceitação desse estilo esta não em saber o que esta se falando, mas sim sentir o que esta se falando.
Apesar de a letra ser de suma importância naquela época, pois se tratava de contextos sociais. Pag102
A musica é um mistério, pois a musica só se traduz em música, por isso é comparado ao mito. Pág.103
“ o rock surgiu para anunciar com toda a força de sua voz, a tragédia da época”, MUGGIATI fala sobre a alienação, paz, guerra, amor, esperança, frustração ,ou seja, os anseios do individuo em determinado contexto. Pág.105
Capítulo V
O movimento se fragmentou, cercado pelo sistema econômico. Pág.106
Resfriamento do rock. Pág.107
Na tentativa de dar força ao rock relançaram alguns álbuns, para trazer de volta momentos da velha juventude, como forma de reviver aquela euforia. Pág. 107
As discotecas vieram para substituir o rock, como centro energético do movimento jovem. Pág. 109
Visuais físicos renovados. Pág. 109
“ A falência do rock-como-revolução, começou a aparecer mais evidente no aburguesamento dos ídolos” pág.110
Já não há o desejo de promover uma revolução. Pág. 111
O rock já não era mais o mesmo. Pág.111
Punk rock protestava mais contra os “traidores” do movimento, do que contra a próprio sistema. Pág.111
Punk rock usava ou deboche e agressão como principal arma. Pág. 112
Os Pistols foram grandes responsáveis pela queda do punk rock. Pág. 112
“Laranja Mecânica, verdadeira antevisão do pesadelo punk”. Pág. 113
Tinham um visual que parecia querer agredir de tão mau gosto, tinham costumes estranhos, como jogar cerveja e guspada no publico. Pág.113
“Assassinato de Lennon foi uma tragédia contra a cultura pop”. Pág. 115
“ O assassinato de Lennon completou a trajetória de toda uma geração, do sonho ao pesadelo...e trouxe ao mundo a consciência do papel preenchido pelo rock nesses tempos de crise” pág. 116
A geléia geral do terceiro milênio
Rótulos ao rock: country, flok, heavy, glitter, heavy metal, punk, progressivo, ácid , art-rock, soft, surf, swamp, bubblegum, etc. pág.11 7
A divisão feita por esses rótulos contribuiu para seu prolongamento. Pág. 117
Anos 70, junção do rock’n’roll com o jazz. Pág.117
Vários sons e temas se entrecruzaram na década de 80. pág. 118
Uma grande contribuição brasileira para o rock internacional. Pág. 118
O rock exerceu um grande impacto na musica brasileira. Pág.119
O rock fundiu-se com a MPB, nos anos 60 na jovem guarda. Pág.119
Um dos fatores importantes na revolução do rock, foi o surgimento de conjuntos mistos e ate inteiramente femininos e outros fator foi a tecnologia cada vez mais rápida. Pág. 119
“ O rock é uma homenagem as forças liberadoras do ecletismo” pág.120
Geléia geral seria as varias correntes musicais que se tornam a cada década a milênio que se passa um “novo estilo musical” pág.121
“ E o rock –como - rotulo sobrevivera até lá???? Pág. 121
Roberto Muggiati
Roberto Muggiati nasceu em Curitiba e é jornalista desde 1954. Foi editor das revistas Veja, Manchete e Fatos & Fotos. Ele é autor de Rock - O Grito e o Mito (também publicado na Espanha, México e Argentina), Rock, do Sonho ao Pesadelo, O que é jazz; Blues: da lama à fama, entre outros. Seu lançamento mais recente é Improvisando Soluções (BestSeller, 2008), no qual apresenta pequenas biografias das grandes estrelas jazzísticas e conta como encontraram soluções engenhosas para os problemas em suas vidas.
Na década de 60, estudou jornalismo em Paris e trabalhou para a BBC em Londres. Durante cinco anos viu e ouviu de perto Duke Ellington, Thelonious Monk, Miles Davis, Chet Baker, Bud Powell, Bill Evans, Gerry Mulligan e Dexter Gordon, entre outras lendas do jazz. É colunista de Jazz do jornal O Estado de S. Paulo. Organizou o curso 100 anos de Jazz, onde Muggiati faz a ligação da música com a cultura da sua época e mostra a grande influência que ela exerceu sobre artistas e intelectuais ao longo do século 20.